(para usar com miúdos e graúdos)A forma como comunicamos é crucial para modificarmos de forma real e efectiva o tipo de relacionamento que desenvolvemos com os nossos filhos e a qualidade de todas as internações que temos com quem nos é próximo. É fundamental ganharmos competências na forma como comunicamos porque senão , mesmo que alteremos crenças , por muito boas intenções que tenhamos, vamos acabar por cair no "piloto automático", nos velhos padrões que usaram connosco, que vimos e vemos ser utilizados.Não dá só para acreditar numa Educação diferente, há que conseguir coloca-la em prática, sob pena de ser inútil e até frustrante ganhar consciência de novos caminhos e valores. A Comunicação Consciente é assim uma competência que nos ajuda a comunicar melhor connosco próprios, que nos convida a comunicar com mais autenticidade e verdade, e nos permite uma conexão muito mais autêntica com os outros (crianças ou adultos). Aqui ficam alguns princípios básicos e algumas dicas para a utilizarem já aí em casa: 1. Em primeiro lugar, importa ganharmos consciência no tipo de linguagem que utilizamos. largamos o tipo de linguagem que não cria conexão, porque não fala nem de nós nem das nossas crianças. Palavras como tens de, devias, é suposto, não se pode, são banidas e substituídas por uma linguagem pessoal. Usamos o Eu quando estamos a falar sobre nós, verbos como quero, gosto, não quero, não consigo. 2. Em segundo, falamos das nossas emoções ( sem culpar o outro delas) e das necessidades associadas , em vez de regras abstratas, de certo e de errado, ou seja largamos o plano mais mental ( juízos de valor, julgamentos, rótulos, preconceitos) e acedemos à nossa verdade, o que importa para nós naquele momento. 3. Quando queremos chegar ao outro - adulto ou criança - importa desativar o ditador e o acusador e ativar uma espécie de detetive, de investigador : fazer mais perguntas do que afirmações, genuinamente procuramos entender onde está o outro emocionalmente e quais as suas necessidades na situação. É tão importante sentirmo-nos vistos e que importamos para alguém que muitas vezes, ficarmos neste ponto , prolongarmos a conversa sobre as razões do outro, os seus sentimentos e necessidades é mais importante do que satisfazer na realidade o pedido ou o seu desejo. Na verdade o "não" ao pedido não é um não à pessoa - embora muitas vezes é a isso que soa e talvez essa seja a razão principal de uma "birra" ;) 4. Se estamos numa situação que precisa de chegar a um consenso entre todos, avançamos para um pedido ou colocamos na mesa as alternativas e preparamo-nos para negociar. Este ponto é tão importante porque na verdade, quando dizemos que as nossas crianças não colaboram, o que acontece é que elas não obedecem - ninguém gosta de ter de obedecer verdade? Como podemos comprovar no período que estamos a viver, é muito mais interessante, saudável e eficaz quando somos convidados, ou nos é pedido algo e nós acedemos, de livre vontade a colaborar, a fazer, sem sentirmos que há uma consequência ou castigo ou que é imposto. Tornamo-nos parte da solução e isso faz-nos querer participar e acrescentar valor, fazer a nossa parte, não só abanar com a cabeça e resigarmo-nos. Repensar a educação das nossas crianças, a este nível, criará jovens e adultos muito mais responsáveis, social e individualmente - e isto é educar. Com um abraço, Mariana Este post é um resumo inspirado no episódio 2 da série 2 do #podcastcocegasnocoração que podes ouvir, na íntegra aqui .
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December 2021
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o suave milagre | mariana bacelar