10/22/2016 0 Comments Novas metodologias para educar*É certo que os métodos “old school” como bater, assustar ou gritar não funcionam.
Ou melhor, funcionam porque, através do medo, suprimem o comportamento indesejado. Mas não ensinam o comportamento desejado, nem a criar conexao e confiança e ainda trazem a fatura da ansiedade, tristeza e agressividade a médio e longo prazo. O que podemos, então, fazer? De notar que os CASTIGOS, como retirar o brinquedo preferido, impedir de sair ou mandar para o quarto também estão incluídos nos métodos abordados anteriormente e não devem ser utilizados. Devemos, em vez disso, recorrer ao Reforço Positivo, utilziando elogios e recompensas quando se comportam como deve ser ou atingem um determinado objetivo. E, nos casos de agressividade, descontrolo, desrespeito e mau comportamento no geral devemos ignora-los ou, quando possível, sair do mesmo local, deixando-os sozinhos. Devemos mostrar firmeza na nossa atitude e, embora não utilizando berros, mostrar, com o tom certo, o nosso desagrado com a situação. O chamado “ralhete” é eficaz. Devemos também catalogar as atitudes como por exemplo dizer: “isso é feito, isso não se faz.” De referir que estas consequências devem ser aplicadas no imediado para que façam a ligação entre causa e efeito. Para saber mais procure um bom profissional que o ajude a ser um bom dono e a ter um cão feliz. *tudo que está escrito acima é baseado nas metodologias mais recentes para treinar cães. Parece-me bem. Os cães tem emoções e merecem o nosso respeito, e talvez não precisem de desenvolver uma boa auto-estima. Pensa bem, Mãe e Pai, o que faz sentido utilizar com as tuas crianças - pois se há métodos que nem com os cães já se utilizem, e outros que podem estar bem para os nossos amigos de 4 patas mas não para seres humanos e futuros cidadãos do mundo.
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Afinal, o que é isto da Parentalidade Consciente?
É sobre os Pais ou é sobre as crianças? É sobre os pais, porque toda a resistência é falta de conexão, porque o comportamento deles é um reflexo do nosso. É sobre os pais, porque todos os momentos desafiantes são oportunidades para crescermos mais um bocadinho. Porque o que nos irrita, incomoda ou queremos corrigir nos nossos filhos são as nossas próprias feridas, medos, carências. E é sobre as crianças porque os comportamentos, atitudes ou palavras rudes, agressivos ou desafiadores são o reflexo de um estado interior desorganizado e não uma afronta pessoal. Porque o caminho deles não tem de ser feito sobre as nossas expectativas, desejos ou frustrações. Porque não os queremos perfeitos, felizes e bem sucedidos para satisfazer o nosso ego - apenas queremos estar presentes sempre na sua vida, independentemente de quem são ou o que fizerem. Porque eles e os os seus comportamentos, conquistas e desaires não dizem nada sobre nós. É mais sobre aprender ou desaprender? É aprender, porque aprendo com o meu filho, aprendo sobre a minha autenticidade, sobre os meus verdadeiros limites e a ter atenção às minhas próprias necessidades. Aprendo a comunicar com respeito, a negociar, a ser mais flexível, mais tolerante. Aprendo a ser presente e a conectar-me, a dar tempo ao tempo, a questionar e a desenvolver o meu auto-controlo. Mas desaprendo crenças enraizadas e ideias feitas, desaprendo regras absurdas ou normas que não me servem. Desaprendo conceitos que afinal já não fazem sentido para mim, desaprendo a ser pai a partir de uma relação hierárquica e a educar a partir do poder, do controlo e da disciplina. Permite o (des)respeito? Ao praticar PC tenho mais respeito por mim própria e pelos meus filhos. Respeito a minha integridade e consigo o respeito dos outros por ser congruente e mostrar a minha verdade. Tenho respeito pela força interior, pelo mais fraco, pelo falhanço e pelos erros. Tenho respeito pelas crianças e pelas necessidades individuais de cada pessoa. Mas não respeito o medo, o poder do mais forte, não ganho respeito pelo uso de prémios e recompensas ou castigos e ameaças. Não respeito regras que não compreendo ou mensagens não alinhadas com as atitudes. Mas resulta ? A PC não “resulta” porque não é uma técnica universal, não reside numa formula mágica. Não “resulta” porque não faz emergir crianças bem comportadas, certinhas e artificias. A PC “resulta” em crianças autênticas e com uma forte auto-estima, habituadas a ser tratadas com igual valor, em adolescentes e adultos com espaço para serem quem são, habituados a tratar toda a gente com igual valor, resulta no maravilhoso trabalho interior de cada mãe e pai, e na relação que estabelecemos com os nossos filhos pela vida fora. |
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December 2021
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o suave milagre | mariana bacelar