2/18/2019 0 Comments ☆Not so mindful postAviso este texto é “Mindfulness free”. Apropriado para todos os críticos e desconfiados do mindfulness, porque contém juízos de valor, desabafos e julgamentos com fartura.
————————————-- Às vezes, fico farta de ter de justificar o que não deveria precisar de justificação . Fico cansada de argumentar o óbvio, de sair em defesa do bem - e bem sei que entrar no caminho do certo e errado, do bom e do mau traz menos do que mais -mas tenho dias em que não tenho paciência para as justificações idiotas, para a dificuldade de compreensão , para a defesa - normalmente dita a alto e a bom som - do menor valor das crianças, da violentação da sua integridade traduzida por educação , do abuso frio e premeditado do amor condicional. ♐︎ Não tenho mais forças para destapar olhos que não querem ver as sombras, ouvidos que se recusam a escutar as palavras, corações empedernidos também eles por uma educação de fachada e um mundo de arame farpado. Farta da hipocrisia vigente, das opiniões a vulso que se emitem sem qualquer congruência - ora isto acho que sim, porque sim, ora isto acho que não, porque não. As crianças e os adolescentes resistem, dão-nos pistas todos os dias e nós - polidos, educados e hipócritas - respondemos com violência, agressividade, falta de respeito. ♐︎ Queremos que eles sejam um exemplo mas não queremos dar o exemplo. Trocamos afeto por bom Comportamento, explicamos que asneiras é algo que só os os adultos podem dizer, ditamos as regras como ditadores, normalmente que nos servem mais a nós do que eles, obrigamos a comer tudo mesmo que não apeteça por causa do desperdício, e desperdiçamos horas no shopping a comprar mais um par de ténis proveniente de trabalho infantil, sabemos quem é António Damásio mas não o que descobriu sobre a importância das emoções, usamos a PlayStation e o tablete como moeda de troca, mas nunca pomos em causa tê-los comprado, brincamos ao “deus todo poderoso” como crianças que nunca cresceram, ensinamos que nos devem temer, e isso parece ser aceitável na relação mais básica de todas. mostramos que quem manda somos nós: os mais fortes, mais ricos e mais poderosos. Quem manda. E o que estas crianças têm falta é de quem as ame, e estes adultos, ok bem sei, de quem os tivesse amado, acima de tudo. ♐︎ Depois penso que já foi aceite a escravatura, que já foi aceite a mulher não ter direitos, que já foi aceite os negros serem menos do que os brancos e restauro a minha fé, não em toda a humanidade, mas na parte que tem coragem de deitar a “torre de legos” ao chão e se atreve a pôr em causa e vê e escuta sobretudo com o coração. Essa parte da humanidade que, para o bem e para o mal, é a minha tribo. E agradeço aos meus filhos toda a verdade sobre mim própria, os meus valores e as pessoas à minha volta, que me ajudaram - ajudam a toda a hora - a descobrir e alinho-me no meu caminho, no meu propósito, nos meus valores. Foi sempre esta tribo do bem a levar, com muitos avanços e recuos, é certo, o mundo para a frente. É a ela que pertenço. O resto, que se lixe.
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2/9/2019 0 Comments ✮Little reminder ✫Toma conta do dia antes que ele tome conta de ti. Toma conta de ti. *
Toma conta do dia no que podes antecipar, pôr e tirar e toma conta de ti no imprevisto, no que não adivinhas. Como se a vida fosse esse mar que não controlas, não conduzes, não prevês: ✫ aceita a maré vaza serena [ou plana demais] e aceita as marés vivas de emoção [ou turbulência]. Aprende a nadar [e a flutuar], aprende que as ondas altas se aguentam bem se mergulhares e que a corrente não te leva sempre ao mesmo porto [ de abrigo ]. ✫ Como se a vida fosse, às vezes, esse inverno de chuva [que te lava a alma] e ventos [que a levam pelo ar] e, às vezes, um estio de doces paixões ou árido demais. E no que podes - que é tanto! - toma conta de cada dia. Toma conta de ti. ❥ * os cadernos mãedfulness são sobre formas de auto-cuidado: Felicidade, auto-estima e poder pessoal. Por qual vais começar? Encomenda o teu aqui - segue por correio, num embrulho cuidado & sem custos adicionais ( para Portugal) |
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December 2021
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o suave milagre | mariana bacelar